Mesmo com uma extensa folha criminal e uma condenação por tráfico de drogas com pena de 10 anos de reclusão em regime fechado, Fred Henrique Moreira Lima, de 30 anos, permanecia solto e pode cometer outros crimes como cárcere, agressão e tortura contra a namorada, na semana passada, em Copacabana, no Rio de Janeiro. A compreensão veio nesta semana, ao entender que Fred havia recebido o benefício do regime semiaberto na condenação pelo crime de corrupção ativa.
De acordo com a justiça, o processo de Fred inicia em 2017, quando ele foi preso em flagrante por associação para o tráfico no dia 7 de janeiro com posse de 2,16g de cocaína em pó distribuídos em 09 tubos plásticos e 137,55g de maconha distribuídos em 37 trouxinhas. Na mesma ocasião também foram encontrados 19 comprimidos de Pramil, uma balança digital de precisão, certa quantia em dinheiro e munições calibre 12. Policiais que participaram da ocorrência afirmaram que ele ofereceu dinheiro para não ser preso.
Com duas condenações recentes, na época do julgamento, há menos de 5 anos, ambas com trânsito em julgado, Fred foi considerado reincidente e condenado a 10 anos de reclusão em regime fechado pelos crimes de corrupção ativa, tráfico de drogas e condutas afins e concurso material, mas teve o regime semiaberto concedido.
Agressão à namorada e maus-tratos a animal
Na semana passada, Fred Henrique Moreira Lima voltou a ser notícia. No dia 4 de maio, ele foi preso por policiais em Copacabana por tentativa de feminicídio, cárcere privado e tortura contra a namorada, Ana Luiza Dias, de 37 anos. A mulher foi agredida com um bastão e soco-inglês e chegou a ter o seu maxilar quebrado.
Ana conseguiu escapar com a ajuda de um porteiro e precisou de cirurgia. Já Fred foi preso e teve sua prisão temporária confirmada após audiência de custódia.
Ontem, 9, a delegada responsável pelo caso disse que também vai indiciar o acusado por maus-tratos a animais, pois em seu apartamento foi encontrada uma cadela da raça pitbull, de 9 meses, desnutrida, com sarna e sinais de agressão. Após ser resgatado, o animal recebeu cuidados médicos e foi adotado por um policial militar: “Ela estava desnutrida, com lesões aparentes de sarna, mas, apesar de tudo, foi dócil com os policiais. É bem filhote”, disse a delegada sobre o contato de Pitty com os agentes que a resgataram.
A então namorada do agressor confirma as agressões ao animal e dá detalhes do que acontecia: “Ele sempre foi agressivo com ela, batia com o soco-inglês, falava que ela não sentia nada. Era horrível. Eu que levava as coisas para ela: comprei potinhos, ela roeu. Depois levei os de ferro, mas ele não dava as coisas para ela direito. Ela bebia água da privada”, disse. Pitty, que já foi adotada por um policial militar.