A operação resultou na prisão de Raimundo Nonato de Abreu Neves.
A Delegacia Especializada em Conflitos Agrários (Deca) deflagrou nesta sexta-feira (13) e sábado (14) a 4ª fase da Operação “Black Gold”. A ação desarticulou um garimpo ilegal e prendeu um suspeito em Alenquer, no oeste do Pará.
De acordo com informações da Polícia Civil, a operação envolveu o uso de um helicóptero, duas viaturas caracterizadas e uma equipe composta por 10 policiais, sendo seis da Polícia Civil e quatro do Grupo de Repressão a Assaltos e Sequestros (GRAESP).
Ainda conforme a PC, o objetivo da operação foi o cumprimento de mandados de prisão temporária, buscas e apreensões domiciliares, quebra de sigilos telefônicos e desarticulação de um esquema de garimpo ilegal no município de Alenquer. Este movimento é um desdobramento das investigações que se iniciaram após denúncias recebidas no início do ano, relatando crimes ambientais graves realizados por um grupo de invasores.
De acordo com informações da Deca, lideranças do Projeto de Assentamento de Desenvolvimento Sustentável (APARAÍ) e do Sindicato de Trabalhadores Rurais de Alenquer (STRA) alertaram sobre ameaças e agressões contra eles e uma advogada envolvida na defesa ambiental. Essas ameaças surgiram em resposta às denúncias sobre exploração ilegal de madeira e minério, que estavam causando extensa degradação ambiental na região.
As diligências iniciais revelaram a presença de uma pista clandestina e de uma área dedicada ao garimpo ilegal, ambos com grande impacto ambiental. Em uma fase anterior da operação, conhecida como a 3ª Fase da Operação Ouro Negro, as autoridades já haviam apreendido armas de fogo e motosserras, destruído acampamentos e equipamentos utilizados pelos criminosos, e até mesmo desativado uma pista de pouso clandestina.
A continuidade das investigações levou à prisão temporária de Raimundo Nonato de Abreu Neves, identificado como um dos principais responsáveis pelo garimpo ilegal e pelas ameaças contra a advogada e as lideranças. O suspeito foi preso em flagrante por porte ilegal de arma de fogo, conforme o Inquérito Policial (IPL). Além dele, outros investigados ainda estão sendo procurados.
Durante o cumprimento dos mandados, a polícia também apreendeu um telefone e diversos documentos que podem fornecer mais informações sobre as atividades criminosas. As vítimas foram ouvidas e o garimpo ilegal foi novamente desarticulado, com a inutilização de insumos e destruição de acampamentos clandestinos.
A Operação “Black Gold” continua em andamento com o objetivo de identificar e capturar todos os envolvidos.
FONTE:G1PARÁ