Dono da Havan, Luciano Hang depõe na CPI da Pandemia

O empresário Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan, afirmou nesta quarta-feira, em depoimento à CPI do Senado, que é acusado sem provas, e perseguido por não esconder sua opinião publicamente. Hang disse não ser negacionista e que não é responsável pela disseminação de notícias falsas.

Luciano Hang iniciou o depoimento ressaltando que não pediu proteção de habeas corpus para depor. Mesmo assim, ele não assinou o termo com o compromisso de dizer a verdade.

A convocação de Luciano Hang partiu de requerimento do relator da CPI, senador Renan Calheiros, que acusa o empresário de pertencer a um suposto gabinete paralelo, que teria aconselhado o governo federal na tomada de decisões durante a pandemia.

A reunião desta quarta-feira na CPI da Pandemia foi tumultuada desde o início, com os ânimos exaltados, e em vários momentos os microfones dos senadores foram desligados. Por volta do meio-dia, houve uma discussão entre o senador Rogério Carvalho e um dos advogados de Luciano Hang. O parlamentar chegou a pedir a retirada do advogado. O presidente da CPI, Omar Aziz, decidiu então suspender a reunião por quase uma hora.

O nome de Hang foi citado no depoimento de Pedro Benedito Batista Jr., diretor da empresa de planos de saúde Prevent Senior, na semana passada. Foi em um dos hospitais da empresa, que a mãe do empresário morreu, em fevereiro deste ano.

Respondendo ao senador Renan Calheiros sobre o atendimento dado a mãe do empresário no local, Luciano Hang afirmou que ela recebeu o chamado “tratamento precoce” quando foi diagnosticada com covid.

Nesta quinta-feira, quem vai depor na CPI da Pandemia do Senado é o empresário Otávio Fakhouri. Ele é investigado por suspeita de produzir e divulgar notícias falsas.

Edição: Bianca Paiva / Beatriz Arcoverde