Essa é a segunda vez que o profissional da saúde é submetido ao Júri. Na primeira experiência, realizada em 2019, ele foi condenado a 33 anos e oito meses de prisão pelos crimes de homicídio doloso quadruplamente qualificado, ocultação de cadáver e falsidade ideológica.
No entanto, a decisão foi anulada em dezembro de 2021, após a Justiça considerar que “houve quebra da paridade de armas” na conduta do promotor durante o interrogatório do réu no júri, conforme o portal g1. Desde às 9h30 desta segunda, ele é submetido a um novo julgamento, transmitido ao vivo pelo canal no YouTube do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul.
Leandro foi preso preventivamente ainda em 2014 e, apesar da anulação da sentença, permanece na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc).
O médico foi apontado pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS) como responsável por arquitetar a morte do próprio filho. Além dele, o órgão ainda indicou o envolvimento da então esposa dele e madrasta da vítima, Graciele Ugulini, a amiga dela Edelvânia Wirganovicz e o irmão desta, Evandro Wirganovicz. Eles foram condenados a:
- Graciele Ugulini, madrasta de Bernardo, teve a pena mais alta: 34 anos e sete meses de reclusão em regime inicialmente fechado, por homicídio quadruplamente qualificado e ocultação de cadáver;
- Edelvânia Wirganovicz foi condenada a 22 anos e 10 meses por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver;
- Evandro Wirganovicz pegou nove anos e seis meses em regime semiaberto por homicídio simples e ocultação de cadáver.
Atualmente, Edelvânia cumpre pena em regime semiaberto e o irmão obteve direito a liberdade condicional.
MORTE DE BERNARDO BOLDRINI
O corpo do menino Bernardo Boldrini foi encontrado, em abril de 2014, às margens de um córrego na cidade de Frederico Westphalen, vizinha a Três Passos, no Rio Grande do Sul, onde o garoto de 11 anos morava com o pai, Leandro Boldrini, a madrasta, Graciele Ugulini e a meia irmã. Ele desapareceu no dia 4 de abril e, dez dias depois, o corpo foi localizado em uma cova em um matagal.
De acordo com a denúncia do Ministério Público, a madrasta Graciele ministrou o remédio Midazolan em Bernardo, com ajuda da amiga Edelvânia Wirganovicz. O menino morreu devido à dosagem e foi enterrado pelas duas. Leandro foi apontado como mentor e Evandro Wirganovicz como cúmplice.
O casal e os irmãos Edelvânia e Evandro Wirganovicz foram condenados em março de 2019 pelo homicídio qualificado e ocultação de cadáver, durante o julgamento que durou uma semana.
Fonte: G1