O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que o veto da China à carne brasileira não é consequência do seu relacionamento com o país asiático ou com o presidente Xi Jinping.
“Não existe isso, já foi resolvido. Não é porque eu não gosto de tal presidente que eu vou deixar de fazer negócios com tal país. Se for mais barato, eu vou comprar dele”, disse em entrevista nesta quarta-feira (10).
Bolsonaro também questionou o reconhecimento dos casos da doença “da vaca louca” em frigoríficos brasileiros.
“O problema da carne, que tem dezenas de navios parados na China, é que um mês e pouco atrás um funcionário público lá de Minas Gerais falou que tinha um caso de ‘vaca louca’. Mas ele falou da boca para fora, sem comprovação nenhuma”.
Como manda o protocolo internacional, a ocorrência de dois casos atípicos da doença chamada de “vaca louca” (Encefalopatia Espongiforme Bovina), em frigoríficos de Nova Canaã do Norte (MT) e de Belo Horizonte (MG),foi notificada pela Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento em 4 de setembro.
O governo brasileiro busca comprovar que não há transmissão da doença no país — daí a designação de “casos atípicos” — para tentar liberar a exportação para os chineses.
Segundo levantamento da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), o volume de exportações de carne bovina brasileira caiu 43% no mês de outubro quando comparado ao mesmo período de 2020, quando as exportações à China ainda ocorriam normalmente, por conta desse episódio.
Cnn Brasil